Além do design e funções multimídia, associação alerta que é preciso estar atento à segurança oferecida pelo aparelho
Assim como o computador, o celular também pode ser atacado por arquivos maliciosos criados estrategicamente para danificar aparelhos ou capturar dados. Estes são conhecidos como malware. Sabendo disso, A PROTESTE, associação de consumidores, realizou uma verificação na segurança proposta pelas marcas de aparelhos smartphones, a fim de listar alguns cuidados necessários que devem ser levados em conta na hora de realizar a compra.
Para o estudo, foram ressaltados exemplos de modelos que possuem bom sistema de segurança. Samsung Galaxy S9, Apple iPhone 8 Plus, Asus Zenfone 3 Zoom, Samsung Galaxy A8, Apple iPhone SE 32Gb e Asus Zenfone 4 Max.
No entanto, é importante esclarecer que a nota de avaliação apresentada não se refere especificamente à segurança, mas, sim, à qualidade e ao desempenho geral do aparelho. Isso porque não há diferença entre o nível de segurança entre um modelo Galaxy S9 e um Galaxy A8, por exemplo, uma vez que o software de proteção da Samsung é o mesmo para a maioria dos seus aparelhos.
O aparelho que atingiu a melhor nota entre os escolhidos foi o Samsung Galaxy S9, devido sua ergonomia, texto, navegação por GPS e navegador terem atingido cinco estrelas no teste, enquanto os outros requisitos (funcionalidade, ligação, câmera e vídeo) atingiram quatro. Um fator negativo é o preço, que varia entre R$ 2.999 e R$ 3.999.
Outro também seguro seria o iPhone 8 Plus, que apesar de obter o mesmo resultado satisfatório do Galaxy S9, custa ainda mais caro: de R$ 3.599 até R$ 4.800. O Asus Zenfone, também seguro, por sua vez, obteve resultado mediano quando o assunto era ergonomia, câmera e vídeo. No entanto, também teve ótimo desempenho e custa bem menos, entre R$ 1.660 até R$ 1.746.
Quanto o assunto é economia, o consumidor pode adquirir, por quase metade do preço do melhor avaliado, o Galaxy A8, (R$ 1.666 até R$ 2.300), detentor de quatro estrelas em todos os quesitos, exceto na qualidade de texto e qualidade do navegador, que alcançaram nota cinco.
O iPhone SE 32Gb, que tem uma variação de preços entre R$ 1.599 e R$ 2.503 e apresentou quatro estrelas ergonomia, ligação, texto, câmera e vídeo, GPS e navegador e três para funcionalidade.
o Asus Zenfone 4 Max que, apesar de deixar a desejar na câmera e vídeo, alcançando apenas duas estrelas, mostrou um desempenho razoável nos demais quesitos.
ANDROID X IOS
A Apple, por ter um sistema operacional fechado, dificulta a existência e proliferação de malware. Isso acontece também porque o iPhone possui várias camadas de antimalware embutidas e, todo aplicativo é verificado antes de ser oferecido na Apple Store.
Além disso, estes aparelhos recebem as atualizações de segurança junto com a do sistema operacional e possui sistema criptografado por padrão (usando PIN, senha ou impressão digital). O Apple ID possui autenticação de dois fatores e até impede terceiros de rastrear o usuário por meio de anúncios.
A Samsung, por sua vez, conta com um sistema chamado Samsung Knox, que oferece proteção de ponta a ponta. Embora seja mais utilizado por empresas, ele foi desenvolvido e implementado junto ao Android. Assim, ao ligar o aparelho, o usuário já estará com a ferramenta ativada.
Já a marca Asus possui uma alternativa de segurança via app chamada ZenUI Safeguard que conta com diversos tipos de proteção entre as opções do sistema operacional, além de atualizar mensalmente o software de seus modelos.
Ainda sendo android, os celulares da Motorola não foram selecionados, pois o fabricante não está realizando a atualização de forma mensal e, sim, a cada dois meses. Já LG e Sony não oferecem uma quantidade de soluções nativas necessárias para manter o sistema de proteção em conjunto com o Android, embora ofereçam as atualizações mensais de segurança.
RECOMENDAÇÕES
Independente do modelo escolhido pelo consumidor, a PROTESTE recomenda, primeiramente, que o usuário utilize aparelhos com um sistema operacional que inclua atualizações de segurança e diversas opções de bloqueio.
Assim como o Linux, o Android tem código aberto e vem sendo mais usado que o Windows, criado pela Microsoft. Por esse motivo, ele se tornou alvo de ataques, ou seja, a cada dia são desenvolvidas novas formas de atacar aparelhos com Android.
Com intuito de melhorar a segurança dos celulares, o Google criou um programa de atualização de segurança com o objetivo de fornecer códigos-fonte para correções destinadas aos fabricantes de smartphones e tablets que utilizam Android. A Apple, por sua vez, desencoraja seus clientes a fazer o jailbreak (desbloqueio) de seus dispositivos, pois isso os coloca em grande risco.
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