Contaminação de celulares: o que fazer?

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Muitos artigos tem sido publicados sobre a contaminação de celulares por microrganismos potencialmente patogênicos, fungos e até parasitas, inclusive em equipes de atendimento em hospitais.

Mas o que podemos fazer para prevenir estas contaminações, e qual o risco real que apresentam em nosso cotidiano?

Você limpa ou desinfeta seu celular regularmente?

Há necessidade? Cada quanto tempo?

Germes que podem provocar doenças estão por toda parte, e o contato é necessário para que o organismo desenvolva defesas contra as doenças.

Segundo alguns autores, o seu celular pode efetivamente transmitir agentes infecciosos, mas em determinadas condições, a sua limpeza ou desinfecção são recomendados.

A frequência de limpeza depende de onde você esteve e de como ou quando você manuseia seu telefone.

Por exemplo, se você nunca usa o celular enquanto come, não precisa se preocupar, pois se lavar as mãos cuidadosamente antes das refeições e não tocar em superfícies potencialmente contaminadas (como é o telefone…), não há necessidade de desinfecção frequente.

Mas se o utiliza constantemente, inclusive durante as refeições, a limpeza diária, inclusive com uma substância desinfetante, é uma boa idéia.

Estas limpezas regulares são importantes especialmente se você usa capas de borracha ou plástico, pois as bactérias tendem a aderir mais facilmente a estes materiais do que em outros.

A recomendação dos fabricantes de telefones recomendam que se desligue o aparelho antes de limpar, utilize um pano umedecido (não molhar) com desinfetante doméstico ou produto para esta finalidade.

Lembramos que todas as superfícies com as quais temos contato direto podem ser “contaminadas” por germes, inclusive alguns que podem transmitir infecções.

Há estudos sobre contaminação em teclados de computadores, balaústres de ônibus, grades de leitos em hospitais, sabonetes em barra utilizados por várias pessoas, toalhas de pano em locais públicos, e muitos outros.

Assim, o mais importante é lavar as mãos cuidadosamente sempre que possível, pois desta maneira estaremos prevenindo adquirir e transmitir infecções, na comunidade ou até em hospitais.

Prof. Dra. Lycia M. J. Mimica
Disciplina de Microbiologia
Departamento de Ciências Patológicas
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de SP