Independente da estação do ano ou clima da região, os equipamentos eletrônicos ligados na rede elétrica sempre estão expostos a eventuais surtos de tensão. Mas em época chuvas, em que raios e trovões se manifestam a todo momento, o cuidado e atenção devem ser redobrados, pois esses fenômenos possuem picos que são os responsáveis pela queima dos equipamentos – uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou que o estado de São Paulo (SP), por exemplo, terá maior incidência de raios nos próximos 30 anos. Os efeitos já começam a ser sentidos – somente na tarde de ontem (20), a região metropolitana paulistana registrou em poucas horas cerca de 14 mil raios.
“Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, o uso de estabilizadores e no-breaks não oferecem uma proteção efetiva contra raios e descargas elétricas de grande porte. Esses aparelhos têm a função de estabilizar correntes elétricas de pequenas variações“, afirma Ricardo Silva, da Steck Indústria Elétrica. “Para as novas construções, o processo é simples e requer apenas a instalação de um Dispositivo Protetor de Surtos (DPS) para as caixas de energia das residências“, completa. Desenvolvidos para proteger eletrodomésticos contra surtos provocados por descargas atmosféricas, o DPS desvia a tensão para a terra, impedindo que ela caia na rede elétrica e queime os equipamentos. Mas atenção: para ter esse dispositivo, é necessário um sistema de aterramento. O ideal é que isso seja projetado junto com a construção da casa. Quando não for possível, modificações na rede da casa deverão ser feitas. O conjunto DPS e aterramento permite a utilização dos equipamentos eletrônicos durante temporais com uma boa margem de segurança. Além disso, é uma solução barata e simples que permite um nível de segurança que antes não era possível. A peça, que é hoje indicada por técnicos e eletricistas como a maneira mais simples e correta de instalar o fio terra em uma residência, pode utilizar um único fio, por eletroduto, interligando vários aparelhos e tomadas. |